quinta-feira, 7 de abril de 2016

Patrícia encaminha projeto de lei para implantação de medidas de informação às gestantes



A vereadora Patrícia Beck protocolou nesta quinta-feira (07/04), o projeto de lei que dispõe sobre a implantação de medidas de informação à gestante e parturiente sobre a política nacional de atenção obstétrica e neonatal visando, principalmente, a proteção destas contra a violência obstétrica no município de Novo Hamburgo.

O projeto, além de levar informação às gestantes sobre seus direitos, associa a conduta que resulta na violência contra as mesmas. Mulheres são diariamente vítimas de hostilidade durante a parição em consultórios e hospitais das redes pública e privada de saúde. Desde a enfermeira que pede para a mulher não gritar na hora do parto, ao médico que faz uma episiotomia indiscriminada, até a indução ao parto normal, ignorando recomendação de cesariana, sem esclarecimentos à grávida, levando o bebê a riscos devido ao atraso de seu nascimento. Muitas mulheres não sabem dos seus direitos no pré-natal, na hora do parto e no pós-parto e, constantemente, sofrem com agressões físicas ou emocionais por partes dos profissionais de saúde.

De acordo com a pesquisa “Mulheres brasileiras e gênero no espaço público e privado”, divulgada em 2010, pela Fundação Perseu Abramo, uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência obstétrica. Devido ao grande e crescente número de denúncias, o Ministério Público Federal instaurou inquérito civil público para apurar esses casos. Segundo o MPF, há um grande número de denúncias que “demonstram o desrespeito” às mulheres com muita clareza.

É evidente que o número da pesquisa citada está subestimado, pois muitas mulheres ainda não entendem que foram vítimas deste tipo de violência. Por isso, a vereadora também propõe no projeto que uma cartilha seja elaborada com uma linguagem simples e acessível, esclarecendo o que é violência obstétrica, informando todos os direitos das gestantes e parturientes.

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