sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Na prática, o que é fazer a diferença?


 No dia 4 de junho de 2013, viajei à Brasília para entregar em mãos aos deputados federais a moção 08/2013, de minha autoria, manifestando repúdio ao projeto que pretendia descriminalizar as drogas no Brasil. Após dois dias na capital, retornei, no dia 6 de junho.
Para a viagem em questão, a Câmara Municipal de Novo Hamburgo disponibilizou-me a quantia de R$ 848,23 para pagamento de diária, incluindo alimentação, hospedagem e deslocamentos. No entanto, foi necessário ficar dois dias e, para economizar, decidi dividir o quarto com duas integrantes do grupo Pensando Novo Hamburgo. Com isso, gastei apenas R$ 267,93. Ao retornar da viagem, encaminhei ao setor de contabilidade o valor que havia sobrado da diária recebida.
Mas, acontece que não havia um procedimento para devolução de diárias, pois até então, NENHUM parlamentar havia devolvido valores. Sequer souberam lidar com tal fato.
Após o acontecimento, criei um projeto para decretar o fim do pagamento de diárias aos vereadores. O parlamentar receberia ressarcimento apenas ao apresentar notas fiscais dos custos de viagem e quando a viagem trouxesse resultados para o município. Infelizmente, após os trâmites, as diárias somente tiveram o valor reduzido para R$ 666,45.

Mas a minha atitude de devolver os R$ 580,30 é de se orgulhar? 
Não! Na verdade, é o correto a se fazer, apenas isso. Gastar o dinheiro dos meus patrões sem responsabilidade não é de minha índole. Mas fazer o correto, muitas vezes, é fazer a diferença. Nossa política ainda está corrompida, com os valores alterados e com o foco equivocado. É para o povo que se governa! Enquanto fazer a diferença for fazer o certo, continuarei fazendo a diferença. Na esperança de que, um dia, fazer o certo na política seja a regra, sem exceções!

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