Representantes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), da Brigada Militar, da Guarda Municipal e dos Bombeiros, além da secretária municipal de Saúde, Suzana Ambros Pereira, reuniram-se na sede do Legislativo hamburguense na tarde desta terça-feira, 28. O motivo do encontro, uma iniciativa da Comissão de Saúde da Câmara, foi a busca de mais integração entre os serviços de saúde e segurança em Novo Hamburgo. Após mais de duas horas de troca de informações e experiências, os participantes decidiram ampliar o diálogo entre os órgãos, realizar treinamentos coletivos e trabalhar em conjunto para conscientizar a população, principalmente os estudantes.
Estavam presentes o chefe da 3ª seção do 3ª Batalhão de Polícia Militar, capitão Wagner Wasenkeski; o comandante do Subgrupamento do Corpo de Bombeiros, major Ben-Hur Pereira da Silva; Maria Aparecida Rodrigues, representante da Guarda Municipal; a coordenadora estadual de Enfermagem do Samu, Silvana Tozzo Ritta; e o coordenador médico do Samu de Novo Hamburgo, Christian Vinicius Werlang; além dos integrantes da comissão – Patrícia Beck (PTB), presidente, Cristiano Coller (PDT), secretário, e Jorge Tatsch (PP), relator – e do presidente da Casa, Enfermeiro Vilmar (PR).
Pacientes em surto
Quando o Samu é chamado para atender uma pessoa em surto, a equipe só é liberada para ir ao local acompanhada pela Brigada Militar. Contudo, em Novo Hamburgo, a BM estava orientada a acompanhar esse tipo de ocorrência apenas após o Samu constatar o perigo. Ou seja: por falta de diálogo, o atendimento acabava não ocorrendo. Na reunião, Silvana pôde explicar que os profissionais de saúde não têm como calcular o risco até chegar perto do paciente – ou seja, não têm como acessar o risco antes de se expor a ele. O capitão Wasenkeski contou que a decisão da BM foi tomada após terem sido constatados diversos atendimentos nos quais os policiais não foram necessários. A troca de informações foi essencial para que o problema do atendimento de surtos fosse resolvida.
O problema dos trotes
Os participantes foram unânimes ao afirmar que os trotes e a falta de informação por parte dos cidadãos prejudicam todo o tipo de atendimento na cidade. Werlang sugeriu a retomada de palestras em escolas, ideia apreciada por todos os presentes. Vilmar também disponibilizou a Câmara, por meio da Escola do Legislativo, para realização de palestras com estudantes – e também para treinamentos voltados aos servidores de saúde e de segurança. “Vamos ajudar no que for possível”, frisou o presidente.
O trabalho da comissão
Patrícia contou que percebeu a necessidade de integração entre saúde e segurança após acompanhar, por 12 horas, o serviço do Samu no Município. Uma primeira reunião foi realizada no início deste mês, mas apenas Aparecida, da Guarda Municipal, participou. A vereadora conta que, após a troca de informações de hoje, sente que a comissão cumpriu seu papel, ao menos por enquanto. “Nós vamos continuar acompanhando o diálogo, sempre buscando informações sobe o tema junto aos órgãos.”