A Comissão de Saúde reuniu-se com o secretário adjunto de Saúde do Estado, Francisco Paz, e com a coordenadora estadual das urgências e emergências, Marly Lima, na tarde desta terça-feira, 14, em Porto Alegre. A presidente do grupo, Patrícia Beck (PTB), e os vereadores Cristiano Coller (PDT) e Jorge Tatsch (PPS) solicitaram mais ambulâncias para o Samu de Novo Hamburgo e agilidade nas consultas eletivas encaminhadas para a Capital.
Patrícia perguntou sobre a possibilidade de reaproveitamento de ambulâncias de outras unidades - que não estejam mais em funcionamento - para Novo Hamburgo. Paz destacou que há diversos municípios esperando pelo remanejo e que seria necessário entrar na fila. Ele disse ainda que a secretaria enfrenta restrições de investimento, devido à crise financeira do Estado, para efetuar a compra de novos carros. “Até julho, nada pode ser feito. A pauta está anotada e é muito importante essa ação de vocês. Se o Rio Grande do Sul sair dessa situação financeira, podemos retomar a solicitação”, garantiu.
O secretário informou que 50% do Orçamento Impositivo deve ser investido na saúde. Sugeriu que os vereadores pleiteassem emendas parlamentares junto à bancada federal. Marly ressaltou que a responsabilidade de repasse e renovação da frota de ambulâncias, que deve ser feita após três anos da implantação do veículo, é de responsabilidade do Ministério da Saúde. “Porém, faz dois anos que ele não consegue cumprir a determinação.”
A coordenadora sugeriu que os vereadores procurassem também o Executivo municipal, o prefeito ou a secretária da pasta, para que eles solicitem essa renovação. Conforme ela, atualmente, Novo Hamburgo conta com duas ambulâncias de suporte básico, uma de suporte complexo e uma de intervenção rápida – essa última o Ministério não está mais repondo. Ela lembrou ainda que, em 2013, o Município recebeu duas novas unidades e que investir em manutenção preventiva é essencial. Marly disse que pode haver problemas de equipe e não somente de carro, se todas as ambulâncias não estão nas ruas.
Consultas eletivas
Os vereadores reclamaram da demora para o atendimento de consultas eletivas quando encaminhadas para Porto Alegre. O secretário disse que muitos encaminhamentos vêm direto para Porto Alegre, não passam pelo Estado. “Há um fluxo de destinação dos casos, de acordo com a especialidade. É um sistema complexo, que, com certeza, deve ser aperfeiçoado. Mas sabemos também que as filas em média complexidade são uma realidade de todo o Brasil. A traumatologia, por exemplo, enfrenta problemas em muitos locais. É uma especialidade muito protelada e ainda há poucos profissionais”, explicou. No entanto, adiantou que deve vir um Programa do Ministério da Saúde para sanar um pouco essas dificuldades.
A vereadora falou de dois casos de gravidez de risco que não tiveram o encaminhamento necessário. Paz garantiu que nessa especialidade o sistema é bem criterioso e organizado. Conforme o secretário, o governo federal criou o programa Rede Cegonha, destinado, dentre outros, a evitar encaminhamentos de última hora. “Sabemos que também pode haver falhas, por isso esses apontamentos são necessários”. Ele falou também da importância do controle social para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Cristiano Coller perguntou se os pacientes encaminhados de outros municípios não estariam sendo prejudicados em detrimento ao atendimento dos pacientes de Porto Alegre. Paz esclareceu que 40% do recurso repassados deve ser destinado ao atendimento da região metropolitana. “Também são necessárias alterações importantes no sistema da Capital, muito precisa ser aprimorado”, finalizou.
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